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Gerenciamento de Risco

GERENCIAMENTO DE RISCO

 

O Gerenciamento de Risco é uma parte fundamental da ABNT NBR5419/2015 e consiste na segunda etapa desse processo. Essa etapa estabelece certos critérios para determinar a necessidade ou não do SPDA - Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas. Após identificar a estrutura e seu conteúdo, é necessário realizar uma análise da situação para classificar todos os tipos de danos, perdas e riscos que a edificação a ser protegida pode enfrentar. Nesse contexto, é importante compreender quais componentes serão levados em consideração e quais impactos eles representarão. Através da avaliação do risco para cada perda, é possível determinar a necessidade de proteção sempre que o valor individual de cada risco for maior que o valor tolerável.

No entanto, como em toda regra, há exceções no caso do SPDA. Em alguns casos, a necessidade de proteção é evidente, como nos seguintes exemplos:

  • Locais com grande concentração de público;

  • Locais que fornecem serviços públicos essenciais;

  • Áreas com alta incidência de descargas atmosféricas;

  • Estruturas isoladas ou com altura superior a 25 metros;

  • Estruturas de valor histórico ou cultural;

  • Locais com materiais perigosos, inflamáveis ou explosivos, ou que possam causar prejuízos à comunidade próxima e/ou ao meio ambiente.

Vamos analisar a interpretação dos termos mencionados em relação às fontes de danos que afetam diretamente as estruturas, linhas elétricas, serviços e áreas próximas. São considerados três tipos de danos: danos físicos a seres vivos, danos físicos a estruturas e falhas em sistemas elétricos e eletrônicos. A partir disso, podemos identificar os seguintes tipos de perdas: perda de vidas humanas, interrupção de serviços públicos, perda de patrimônio cultural e perda de valor econômico (incluindo a estrutura e seu conteúdo, interrupção de serviços e perda de atividades). Por fim, os riscos a serem avaliados em uma estrutura são: risco de perda de vidas humanas, risco de interrupção de serviços públicos, risco de perda de patrimônio cultural e risco de perda de valor econômico.

O risco é determinado pelo valor médio anual das perdas em relação ao valor total da estrutura protegida. Esses riscos são influenciados pelo número de descargas atmosféricas anuais, pela probabilidade de danos à estrutura e pela média de perdas causadas. Após realizar os cálculos de risco, é feita uma comparação com os valores típicos toleráveis estabelecidos pela norma. Caso algum valor de risco ultrapasse o limite tolerável, é necessário ajustar as medidas de proteção para garantir que estejam dentro dos níveis aceitáveis.

NBR 5419-2015

A responsabilidade do projetista é analisar o risco e propor as medidas de proteção adequadas para a edificação em questão. É importante ressaltar que a segurança não deve ser uma escolha, mas sim uma necessidade para preservar vidas e propriedades. Além disso, é essencial considerar o custo da proteção em comparação com o custo das perdas, tanto com medidas de proteção implementadas quanto sem elas.

De acordo com a norma, quando a autoridade competente exigir a proteção contra descargas atmosféricas em estruturas com risco de explosão, pelo menos um SPDA de classe II deve ser instalado. No entanto, a norma também permite exceções ao uso de proteção de nível II, desde que devidamente justificadas tecnicamente e autorizadas pela autoridade competente.

É importante destacar que a ABNT NBR 5419/2015 é imparcial e não leva em consideração as circunstâncias individuais de cada região ou edificação a ser protegida. Ela fornece a possibilidade de calcular com base sólida a necessidade ou não do SPDA, deixando a cargo do projetista escolher as medidas de proteção adequadas para atender às necessidades específicas de cada caso.

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